Da ficção científica à realidade: como "O livro das criptografias" de Neal Stephenson previu a era dos Ativos de criptografia
O romance de ficção científica "Cryptonomicon" de Neal Stephenson foi publicado em 1999, quando a internet ainda não era amplamente utilizada e as tecnologias digitais estavam em seus estágios iniciais, prevendo o potencial dos Ativos de criptografia e sistemas descentralizados. Essa visão não se limita a esta obra, mas também permeia seus outros trabalhos, como o conceito de "metaverso" em "Snow Crash". Muitas das ideias do livro tornaram-se realidade hoje, levando a questionar: será que as obras de Neal Stephenson inspiraram Satoshi Nakamoto e sua moeda Bitcoin?
Este artigo irá explorar como Neal previu o futuro dos Ativos de criptografia através do "Livro das Senhas", analisando as concepções tecnológicas no romance e as semelhanças e diferenças com o Bitcoin, discutindo a visão única de Neal e apresentando suas mais recentes explorações na Lamina1. Vamos ver juntos como ele previu e moldou o futuro dos Ativos de criptografia na criação literária.
1. Neal Stephenson e o "Manual de Criptografia"
Neal é um renomado escritor de ficção científica contemporânea, e sua obra clássica "O Livro das Criptografias", publicada em 1999, não só causou um impacto na literatura, mas também estimulou reflexões profundas nas áreas da tecnologia e das finanças. Esta é uma novela épica que transcende o tempo e o espaço, combinando elementos de história, tecnologia e aventura, com a narrativa se desenrolando entre o período da Segunda Guerra Mundial e os tempos modernos, contando as aventuras de criptógrafos, hackers e matemáticos através de duas linhas do tempo.
Na linha do tempo da Segunda Guerra Mundial, o romance conta a história do criptógrafo aliado Lawrence Watt e do fuzileiro naval Bobby Shafto, que colaboraram com os aliados para decifrar o sistema de códigos da Alemanha nazista. Na linha do tempo moderna, o neto de Lawrence, Randy Watt, é um cientista da computação que, junto com amigos, se dedica a criar um sistema de moeda digital baseado em encriptação, com o objetivo de promover o uso de moeda eletrónica e moeda de ouro digital em bancos online anónimos.
O livro também faz interpretações de várias figuras históricas, como Alan Turing, Albert Einstein, Douglas MacArthur, entre outros. Este livro é conhecido pela sua alta tecnicidade, apresentando em detalhe os princípios da criptografia moderna baseados na teoria da informação, aritmética modular e fatoração de números primos, e também menciona outros temas na área da segurança informática, como o sistema operativo UNIX.
2. O conceito de Ativos de criptografia no "Manual da Criptografia"
2.1 A concepção de moeda eletrónica
No "Manual de Criptografia", Neal descreve detalhadamente uma empresa chamada "Epiphyte Corporation", que se dedica a desenvolver um sistema de moeda digital baseado em encriptação. Esta empresa tem como objetivo utilizar tecnologias de encriptação avançadas e redes distribuídas para criar um sistema de pagamento eletrônico seguro, anônimo e descentralizado. A moeda eletrônica no romance é projetada para ser um meio de pagamento eletrônico universal, capaz de contornar os sistemas bancários tradicionais e possibilitar transações diretas ponto a ponto.
Esta ideia tem semelhanças notáveis com o sistema de ativos de criptografia de hoje. Embora o Bitcoin só tenha sido lançado em 2008, Neal já havia descrito conceitos semelhantes em 1999, o que sem dúvida é extremamente visionário.
2.2 encriptação de chave pública e assinatura digital
No "Manual de Criptografia", Neal descreveu o uso da encriptação de chave pública e das assinaturas digitais. As transações de moeda virtual são realizadas através da tecnologia de encriptação de chave pública, cada usuário possui um par de chaves públicas e privadas, a chave pública é usada para encriptar os dados da transação, enquanto a chave privada é usada para desencriptar e assinar. Essas tecnologias são a base dos sistemas modernos de ativos de criptografia.
A encriptação de chave pública é uma técnica de encriptação assimétrica, cujo núcleo reside na geração e uso de pares de chaves. Cada usuário gera um par de chaves: chave pública e chave privada. A chave pública é pública e pode ser compartilhada livremente, enquanto a chave privada deve ser mantida em estrita confidencialidade. Este design garante a segurança e privacidade da transmissão de informações.
A assinatura digital é utilizada para verificar a integridade e autenticidade dos dados, garantindo que os dados não foram alterados e que foram realmente criados por um remetente específico. No "Livro de Criptografia", Randy e sua equipe utilizam amplamente a tecnologia de assinatura digital para proteger a confiabilidade das transações e comunicações.
Esses mecanismos são muito semelhantes ao funcionamento das transações de Bitcoin. Os usuários de Bitcoin possuem um par de chaves: uma chave pública (, que é o endereço de Bitcoin ), e uma chave privada. A chave pública é usada para receber Bitcoin, enquanto a chave privada é usada para assinar transações, provando que a transação foi iniciada pelo legítimo proprietário. Essa encriptação e tecnologia de assinatura garantem a segurança e a não repudiação das transações de Bitcoin, permitindo que os usuários realizem transações ponto a ponto com confiança.
2.3 Rede descentralizada
Neal descreve em seu romance um sistema distribuído que não requer uma autoridade central, onde múltiplos nós mantêm conjuntamente a integridade e segurança dos dados. Essa concepção tem uma semelhança notável com a tecnologia blockchain do Bitcoin.
No sistema Bitcoin, a blockchain atua como um livro-razão distribuído, registrando todas as informações de transação. Cada nó mantém uma cópia completa do livro-razão, garantindo a transparência e a imutabilidade dos dados. Através do mecanismo de prova de trabalho, os nós participam coletivamente da validação e registro das transações, assegurando a descentralização e a segurança de todo o sistema.
2.4 Proteção de privacidade e anonimato
A proteção da privacidade e o anonimato são um tema importante no "Livro de Criptografia". Neal descreve no romance como a encriptação protege a privacidade dos usuários, tornando as transações impossíveis de serem rastreadas e monitoradas, e essa ideia também é refletida nos modernos Ativos de criptografia.
Embora o Bitcoin não seja completamente anônimo, ele oferece um certo grau de proteção à privacidade através do uso de endereços de chave pública e técnicas de ofuscação. A verdadeira identidade dos usuários não está diretamente associada ao seu endereço de Bitcoin, o que confere um alto nível de anonimato às transações. Além disso, algumas criptomoedas subsequentes (, como Monero e Zcash ), reforçaram ainda mais a proteção da privacidade, implementando técnicas de encriptação mais complexas para alcançar um maior nível de anonimato nas transações.
2.5 Implementação de ativos de criptografia
"O Livro da Criptografia" apresenta, através das primeiras ideias sobre ativos de criptografia, um sistema econômico digital baseado em encriptação. No mundo real, as profecias de Neal estão gradualmente se tornando realidade, com os ativos de criptografia ganhando ampla aplicação em todo o mundo. Os ativos de criptografia não apenas mudaram as formas de pagamento e transação das pessoas, mas também impulsionaram a aplicação da tecnologia blockchain em vários campos, como finanças, cadeias de suprimento e saúde. O futuro que Neal descreveu no romance está se concretizando passo a passo, o que também prova sua habilidade excepcional em previsões tecnológicas e perspicácia.
3. Satoshi Nakamoto e o nascimento do Bitcoin
3.1 O contexto e a origem do Bitcoin
Em 2008, uma figura misteriosa sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto publicou o white paper "Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer", que detalhava uma nova moeda digital descentralizada - o Bitcoin. Este white paper propôs um sistema de pagamento eletrônico sem confiança, realizado através de uma rede peer-to-peer e técnicas de encriptação. Em 2009, a rede Bitcoin foi oficialmente lançada, e o primeiro bloco de Bitcoin - o bloco gênese - foi minerado por Satoshi Nakamoto, marcando o nascimento oficial do Bitcoin.
O surgimento do Bitcoin tem um contexto complexo e um profundo significado socioeconômico. A crise financeira global de 2008 gerou uma ampla desconfiança no sistema financeiro tradicional, e o sistema de moeda digital descentralizada foi proposto nesse contexto. O sistema de Bitcoin concebido por Satoshi Nakamoto visa resolver muitos problemas do sistema financeiro tradicional, como altos custos de transação, atrasos, controle centralizado e riscos potenciais de corrupção.
3.2 A ideia central do white paper do Bitcoin
O white paper do Bitcoin de Satoshi Nakamoto apresentou várias ideias centrais, que estabeleceram a base para o desenvolvimento do Bitcoin e das moedas de criptografia subsequentes:
Descentralização: A rede Bitcoin alcançou a descentralização através de um livro-razão distribuído ( blockchain ), onde todos os nós mantêm conjuntamente o livro-razão, eliminando a dependência de uma autoridade central.
Transações ponto a ponto: os usuários podem negociar diretamente entre si, sem a necessidade de intermediários, como bancos ou processadores de pagamento, reduzindo os custos e a complexidade das transações.
Prova de trabalho ( PoW ): O Bitcoin utiliza um mecanismo de prova de trabalho, garantindo a segurança e a imutabilidade da blockchain através de cálculos matemáticos complexos.
Fornecimento limitado: o total de Bitcoin é definido em 21 milhões de moedas, garantindo sua escassez e evitando a inflação.
A introdução e implementação dessas ideias fez do Bitcoin a primeira moeda digital descentralizada de sucesso, tendo um profundo impacto no sistema financeiro global nos mais de dez anos seguintes.
3.3 O impacto do "Livro das Senhas" no Bitcoin
Embora "O Livro das Senhas" seja um romance, a sua representação da encriptação, dos Ativos de criptografia e dos sistemas descentralizados pode ter tido um impacto significativo no design do Bitcoin de Satoshi Nakamoto. Neal descreve em detalhes, no romance, um sistema de Ativos de criptografia realizado através da encriptação e de sistemas distribuídos, e essa concepção coincide com muitos dos princípios fundamentais do Bitcoin.
3.3.1 Aplicação da encriptação
No "Livro das Criptografias", Neal faz uma descrição aprofundada da aplicação da encriptação, mostrando como garantir a segurança e anonimidade das transações de moeda eletrónica através da encriptação de chave pública e da assinatura digital. Satoshi Nakamoto, ao projetar o Bitcoin, baseou-se amplamente nessas técnicas de encriptação, utilizando o algoritmo de hash SHA-256 e o algoritmo de assinatura digital de curva elíptica ECDSA( para garantir a segurança e a validação das transações do Bitcoin.
)# 3.3.2 A ideia de descentralização
Neal propôs na novela um sistema distribuído que dispensa uma autoridade central, uma ideia que foi plenamente refletida no design do Bitcoin. Satoshi Nakamoto, através da tecnologia blockchain, distribuiu os registros de transações em inúmeros nós ao redor do mundo, onde cada nó mantém uma cópia completa do livro de registros. Este design descentralizado não apenas aumentou a segurança e a confiabilidade do sistema, mas também evitou o risco de falhas em ponto único e controle centralizado.
3.3.3 Anonimato e proteção da privacidade
O "Livro das Senhas" enfatiza a importância da proteção da privacidade e do anonimato, descrevendo um sistema de moeda eletrônica que protege a privacidade dos usuários através de técnicas de encriptação. O Bitcoin, ao usar endereços de chave pública e técnicas de ofuscação, oferece um certo grau de anonimato, de modo que a verdadeira identidade dos usuários não está diretamente associada ao seu endereço de Bitcoin. Este design herda, em certa medida, o conceito de proteção da privacidade contido no "Livro das Senhas".
![Pré-visionário: como o romance de ficção científica "Cryptonomicon" previu a ascensão do Bitcoin?]###https://img-cdn.gateio.im/webp-social/moments-0bdfd495bbbf611b3da9900854c7b966.webp(
) 3.4 As diferenças entre o "Guia de Encriptação" e o Bitcoin
Embora o "Livro das Senhas" tenha previsto muitos conceitos de ativos de criptografia, ele apresenta diferenças significativas em relação ao Bitcoin em termos de design e implementação. Aqui estão as principais diferenças de design entre os dois:
###1( Totalmente descentralizado e mecanismo de confiança:
No "Manual de Criptografia", Randy e a sua equipe projetaram um sistema de moeda eletrônica, destinado a realizar transações anônimas e a proteger a privacidade. Este sistema depende da encriptação para garantir a segurança e a anonimidade das transações. A encriptação de chave pública e as tecnologias de assinatura digital mencionadas no sistema garantem a legalidade e a não-repudiação das transações, que são elementos-chave dos sistemas descentralizados. No entanto, o sistema no romance não alcançou um nível totalmente descentralizado.
O Bitcoin é completamente descentralizado, dependendo de uma rede ponto a ponto distribuída globalmente, sem autoridade central. O mecanismo de confiança do Bitcoin é baseado na prova de trabalho, onde os mineradores verificam transações e mantêm a segurança da blockchain resolvendo problemas matemáticos complexos. Através deste mecanismo, o Bitcoin garante que todos os participantes possam verificar transações e blocos, evitando a dependência de confiança em qualquer entidade única.
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MissedTheBoat
· 17h atrás
Quando há um bull, sempre fico de fora, posso ser considerado um experiente em ficar de fora.
De ficção científica à realidade: como Neal Stephenson previu a era das Ativos de criptografia com "O Livro da Criptografia"
Da ficção científica à realidade: como "O livro das criptografias" de Neal Stephenson previu a era dos Ativos de criptografia
O romance de ficção científica "Cryptonomicon" de Neal Stephenson foi publicado em 1999, quando a internet ainda não era amplamente utilizada e as tecnologias digitais estavam em seus estágios iniciais, prevendo o potencial dos Ativos de criptografia e sistemas descentralizados. Essa visão não se limita a esta obra, mas também permeia seus outros trabalhos, como o conceito de "metaverso" em "Snow Crash". Muitas das ideias do livro tornaram-se realidade hoje, levando a questionar: será que as obras de Neal Stephenson inspiraram Satoshi Nakamoto e sua moeda Bitcoin?
Este artigo irá explorar como Neal previu o futuro dos Ativos de criptografia através do "Livro das Senhas", analisando as concepções tecnológicas no romance e as semelhanças e diferenças com o Bitcoin, discutindo a visão única de Neal e apresentando suas mais recentes explorações na Lamina1. Vamos ver juntos como ele previu e moldou o futuro dos Ativos de criptografia na criação literária.
1. Neal Stephenson e o "Manual de Criptografia"
Neal é um renomado escritor de ficção científica contemporânea, e sua obra clássica "O Livro das Criptografias", publicada em 1999, não só causou um impacto na literatura, mas também estimulou reflexões profundas nas áreas da tecnologia e das finanças. Esta é uma novela épica que transcende o tempo e o espaço, combinando elementos de história, tecnologia e aventura, com a narrativa se desenrolando entre o período da Segunda Guerra Mundial e os tempos modernos, contando as aventuras de criptógrafos, hackers e matemáticos através de duas linhas do tempo.
Na linha do tempo da Segunda Guerra Mundial, o romance conta a história do criptógrafo aliado Lawrence Watt e do fuzileiro naval Bobby Shafto, que colaboraram com os aliados para decifrar o sistema de códigos da Alemanha nazista. Na linha do tempo moderna, o neto de Lawrence, Randy Watt, é um cientista da computação que, junto com amigos, se dedica a criar um sistema de moeda digital baseado em encriptação, com o objetivo de promover o uso de moeda eletrónica e moeda de ouro digital em bancos online anónimos.
O livro também faz interpretações de várias figuras históricas, como Alan Turing, Albert Einstein, Douglas MacArthur, entre outros. Este livro é conhecido pela sua alta tecnicidade, apresentando em detalhe os princípios da criptografia moderna baseados na teoria da informação, aritmética modular e fatoração de números primos, e também menciona outros temas na área da segurança informática, como o sistema operativo UNIX.
2. O conceito de Ativos de criptografia no "Manual da Criptografia"
2.1 A concepção de moeda eletrónica
No "Manual de Criptografia", Neal descreve detalhadamente uma empresa chamada "Epiphyte Corporation", que se dedica a desenvolver um sistema de moeda digital baseado em encriptação. Esta empresa tem como objetivo utilizar tecnologias de encriptação avançadas e redes distribuídas para criar um sistema de pagamento eletrônico seguro, anônimo e descentralizado. A moeda eletrônica no romance é projetada para ser um meio de pagamento eletrônico universal, capaz de contornar os sistemas bancários tradicionais e possibilitar transações diretas ponto a ponto.
Esta ideia tem semelhanças notáveis com o sistema de ativos de criptografia de hoje. Embora o Bitcoin só tenha sido lançado em 2008, Neal já havia descrito conceitos semelhantes em 1999, o que sem dúvida é extremamente visionário.
2.2 encriptação de chave pública e assinatura digital
No "Manual de Criptografia", Neal descreveu o uso da encriptação de chave pública e das assinaturas digitais. As transações de moeda virtual são realizadas através da tecnologia de encriptação de chave pública, cada usuário possui um par de chaves públicas e privadas, a chave pública é usada para encriptar os dados da transação, enquanto a chave privada é usada para desencriptar e assinar. Essas tecnologias são a base dos sistemas modernos de ativos de criptografia.
A encriptação de chave pública é uma técnica de encriptação assimétrica, cujo núcleo reside na geração e uso de pares de chaves. Cada usuário gera um par de chaves: chave pública e chave privada. A chave pública é pública e pode ser compartilhada livremente, enquanto a chave privada deve ser mantida em estrita confidencialidade. Este design garante a segurança e privacidade da transmissão de informações.
A assinatura digital é utilizada para verificar a integridade e autenticidade dos dados, garantindo que os dados não foram alterados e que foram realmente criados por um remetente específico. No "Livro de Criptografia", Randy e sua equipe utilizam amplamente a tecnologia de assinatura digital para proteger a confiabilidade das transações e comunicações.
Esses mecanismos são muito semelhantes ao funcionamento das transações de Bitcoin. Os usuários de Bitcoin possuem um par de chaves: uma chave pública (, que é o endereço de Bitcoin ), e uma chave privada. A chave pública é usada para receber Bitcoin, enquanto a chave privada é usada para assinar transações, provando que a transação foi iniciada pelo legítimo proprietário. Essa encriptação e tecnologia de assinatura garantem a segurança e a não repudiação das transações de Bitcoin, permitindo que os usuários realizem transações ponto a ponto com confiança.
2.3 Rede descentralizada
Neal descreve em seu romance um sistema distribuído que não requer uma autoridade central, onde múltiplos nós mantêm conjuntamente a integridade e segurança dos dados. Essa concepção tem uma semelhança notável com a tecnologia blockchain do Bitcoin.
No sistema Bitcoin, a blockchain atua como um livro-razão distribuído, registrando todas as informações de transação. Cada nó mantém uma cópia completa do livro-razão, garantindo a transparência e a imutabilidade dos dados. Através do mecanismo de prova de trabalho, os nós participam coletivamente da validação e registro das transações, assegurando a descentralização e a segurança de todo o sistema.
2.4 Proteção de privacidade e anonimato
A proteção da privacidade e o anonimato são um tema importante no "Livro de Criptografia". Neal descreve no romance como a encriptação protege a privacidade dos usuários, tornando as transações impossíveis de serem rastreadas e monitoradas, e essa ideia também é refletida nos modernos Ativos de criptografia.
Embora o Bitcoin não seja completamente anônimo, ele oferece um certo grau de proteção à privacidade através do uso de endereços de chave pública e técnicas de ofuscação. A verdadeira identidade dos usuários não está diretamente associada ao seu endereço de Bitcoin, o que confere um alto nível de anonimato às transações. Além disso, algumas criptomoedas subsequentes (, como Monero e Zcash ), reforçaram ainda mais a proteção da privacidade, implementando técnicas de encriptação mais complexas para alcançar um maior nível de anonimato nas transações.
2.5 Implementação de ativos de criptografia
"O Livro da Criptografia" apresenta, através das primeiras ideias sobre ativos de criptografia, um sistema econômico digital baseado em encriptação. No mundo real, as profecias de Neal estão gradualmente se tornando realidade, com os ativos de criptografia ganhando ampla aplicação em todo o mundo. Os ativos de criptografia não apenas mudaram as formas de pagamento e transação das pessoas, mas também impulsionaram a aplicação da tecnologia blockchain em vários campos, como finanças, cadeias de suprimento e saúde. O futuro que Neal descreveu no romance está se concretizando passo a passo, o que também prova sua habilidade excepcional em previsões tecnológicas e perspicácia.
3. Satoshi Nakamoto e o nascimento do Bitcoin
3.1 O contexto e a origem do Bitcoin
Em 2008, uma figura misteriosa sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto publicou o white paper "Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer", que detalhava uma nova moeda digital descentralizada - o Bitcoin. Este white paper propôs um sistema de pagamento eletrônico sem confiança, realizado através de uma rede peer-to-peer e técnicas de encriptação. Em 2009, a rede Bitcoin foi oficialmente lançada, e o primeiro bloco de Bitcoin - o bloco gênese - foi minerado por Satoshi Nakamoto, marcando o nascimento oficial do Bitcoin.
O surgimento do Bitcoin tem um contexto complexo e um profundo significado socioeconômico. A crise financeira global de 2008 gerou uma ampla desconfiança no sistema financeiro tradicional, e o sistema de moeda digital descentralizada foi proposto nesse contexto. O sistema de Bitcoin concebido por Satoshi Nakamoto visa resolver muitos problemas do sistema financeiro tradicional, como altos custos de transação, atrasos, controle centralizado e riscos potenciais de corrupção.
3.2 A ideia central do white paper do Bitcoin
O white paper do Bitcoin de Satoshi Nakamoto apresentou várias ideias centrais, que estabeleceram a base para o desenvolvimento do Bitcoin e das moedas de criptografia subsequentes:
Descentralização: A rede Bitcoin alcançou a descentralização através de um livro-razão distribuído ( blockchain ), onde todos os nós mantêm conjuntamente o livro-razão, eliminando a dependência de uma autoridade central.
Transações ponto a ponto: os usuários podem negociar diretamente entre si, sem a necessidade de intermediários, como bancos ou processadores de pagamento, reduzindo os custos e a complexidade das transações.
Prova de trabalho ( PoW ): O Bitcoin utiliza um mecanismo de prova de trabalho, garantindo a segurança e a imutabilidade da blockchain através de cálculos matemáticos complexos.
Fornecimento limitado: o total de Bitcoin é definido em 21 milhões de moedas, garantindo sua escassez e evitando a inflação.
A introdução e implementação dessas ideias fez do Bitcoin a primeira moeda digital descentralizada de sucesso, tendo um profundo impacto no sistema financeiro global nos mais de dez anos seguintes.
3.3 O impacto do "Livro das Senhas" no Bitcoin
Embora "O Livro das Senhas" seja um romance, a sua representação da encriptação, dos Ativos de criptografia e dos sistemas descentralizados pode ter tido um impacto significativo no design do Bitcoin de Satoshi Nakamoto. Neal descreve em detalhes, no romance, um sistema de Ativos de criptografia realizado através da encriptação e de sistemas distribuídos, e essa concepção coincide com muitos dos princípios fundamentais do Bitcoin.
3.3.1 Aplicação da encriptação
No "Livro das Criptografias", Neal faz uma descrição aprofundada da aplicação da encriptação, mostrando como garantir a segurança e anonimidade das transações de moeda eletrónica através da encriptação de chave pública e da assinatura digital. Satoshi Nakamoto, ao projetar o Bitcoin, baseou-se amplamente nessas técnicas de encriptação, utilizando o algoritmo de hash SHA-256 e o algoritmo de assinatura digital de curva elíptica ECDSA( para garantir a segurança e a validação das transações do Bitcoin.
)# 3.3.2 A ideia de descentralização
Neal propôs na novela um sistema distribuído que dispensa uma autoridade central, uma ideia que foi plenamente refletida no design do Bitcoin. Satoshi Nakamoto, através da tecnologia blockchain, distribuiu os registros de transações em inúmeros nós ao redor do mundo, onde cada nó mantém uma cópia completa do livro de registros. Este design descentralizado não apenas aumentou a segurança e a confiabilidade do sistema, mas também evitou o risco de falhas em ponto único e controle centralizado.
3.3.3 Anonimato e proteção da privacidade
O "Livro das Senhas" enfatiza a importância da proteção da privacidade e do anonimato, descrevendo um sistema de moeda eletrônica que protege a privacidade dos usuários através de técnicas de encriptação. O Bitcoin, ao usar endereços de chave pública e técnicas de ofuscação, oferece um certo grau de anonimato, de modo que a verdadeira identidade dos usuários não está diretamente associada ao seu endereço de Bitcoin. Este design herda, em certa medida, o conceito de proteção da privacidade contido no "Livro das Senhas".
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) 3.4 As diferenças entre o "Guia de Encriptação" e o Bitcoin
Embora o "Livro das Senhas" tenha previsto muitos conceitos de ativos de criptografia, ele apresenta diferenças significativas em relação ao Bitcoin em termos de design e implementação. Aqui estão as principais diferenças de design entre os dois:
###1( Totalmente descentralizado e mecanismo de confiança:
No "Manual de Criptografia", Randy e a sua equipe projetaram um sistema de moeda eletrônica, destinado a realizar transações anônimas e a proteger a privacidade. Este sistema depende da encriptação para garantir a segurança e a anonimidade das transações. A encriptação de chave pública e as tecnologias de assinatura digital mencionadas no sistema garantem a legalidade e a não-repudiação das transações, que são elementos-chave dos sistemas descentralizados. No entanto, o sistema no romance não alcançou um nível totalmente descentralizado.
O Bitcoin é completamente descentralizado, dependendo de uma rede ponto a ponto distribuída globalmente, sem autoridade central. O mecanismo de confiança do Bitcoin é baseado na prova de trabalho, onde os mineradores verificam transações e mantêm a segurança da blockchain resolvendo problemas matemáticos complexos. Através deste mecanismo, o Bitcoin garante que todos os participantes possam verificar transações e blocos, evitando a dependência de confiança em qualquer entidade única.
)2( livro-razão e